Não, não irei falar do fim do mundo.
Apesar de ter colocado o calendário Maya, o que desejo simbolizar é o final dos ciclos. Todos nós, se olharmos para o passado, podemos reparar que a nossa vida foi vivida através de ciclos, fases ou momentos. Se olharmos para o presente vamos ver que estamos a viver um mas se olharmos para o futuro podemos ver o final a aproximar-se ou muito distante ainda.
À medida que vou escrevendo cada página da minha tese eu dou mais um passo em direcção ao final de um ciclo. O meu mundo irá mudar mal eu entregue a tese e receba o diploma e, para ser sincero, gostava que esse dia estivesse mais longe. Não porque esteja com receio do dia da apresentação, ou com medo de resultados. Sei o que fiz e sei a qualidade do que fiz. Apenas estou, como dizem os ingleses com - cold feet - ou seja, estou ansioso e receoso quanto ao novo ciclo que irá começar.
Estranho sentir estas coisas quando a minha ansiedade não passa pelo medo do desemprego ou das dificuldades. Nem tenho medo da responsabilidade do mundo do trabalho, pois já trabalhei na minha área - investigação - durante uns tempos enquanto estudava. Apenas a ideia de um ciclo a acabar me deixa nervoso. Talvez seja a hipótese de ter de sair de Portugal, pois eu gostaria muito de ficar por terras lusitanas. Virão tempos confusos mal receba o diploma, tempos em que terei de fazer escolhas e essas escolhas irão definir o percurso que a minha vida irá tomar.
Acho que a resposta reside nesse mesmo problema - Escolhas...
Recebi um Email de um programa Doutoral, no estrangeiro. É apenas um de muitos mas fiquei a ponderar muito neste assunto - No que irei fazer a seguir. Tudo parecia tão certo e fácil até o ciclo estar a acabar. Desde a nível de carreira como a nível pessoal, o que escolher a seguir irá definir a minha vida. O doutoramento que escolher, por exemplo, irá definir - ainda mais - a minha especialidade. O local em que decidir seguir a minha vida profissional irá definir a minha vida pessoa futura. Os meus desejos de criar família, por exemplo, poderão ficar 'suspensos' ou poderão começar fora de Portugal, algo que nunca pensei ou coloquei a hipótese. Algo estranho de se pensar quando nem sequer namorada tenho.. mas acredito que se tivesse uma, nesta altura, a escolha seria mais fácil pois não iria depender só de mim. A minha vida profissional sempre ficará em segundo plano quanto a família e Amor, mas neste momento é o único plano que tenho (a família vai bem!! e, como disse, não tenho companheira). Logo o peso da escolha cai sobre mim e a minha decisão irá afectar o meu percurso e futuro.
Coloco um grande peso nas escolhas pois sei a importância das suas consequências. Passei um tempo de preparação até agora, tanto pessoal, profissional e até espiritual. Agora chegou a hora do exame final e apensa desejo, quando a hora chegar, fazer a escolha certa.
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