Do Amor I - As coisas que se aprendem

Estava eu a pensar sobre o que escrever a seguir e achei que o melhor seria, talvez, dar a conhecer mais de mim e começar com um tema que nos toca a todos.

Gostaria de começar por uma citação: "Escolha seu amor, e ame a sua escolha" - Thomas S. Monson

Esta frase começou a fazer mais sentido quando comecei a me dedicar a compreender melhor o que sinto. Nós temos a capacidade de escolher quem Amamos. O conceito de Almas gémeas é um conceito de Hollywood, muito bonito, mas completamente irreal. A realidade reside no facto de existir uma pessoa, entre muitas, que nos fará sentir tão bem que desejamos mudar o nosso ser para melhor, onde os melhor pensamentos residem, onde só pensamos no bem estar dessa pessoa, onde o nosso orgulho não tem lugar na relação, onde começamos a pensar como um só e não como Eu e Ela. Amor exige sacrifico, exige trabalho, exige dedicação e muita paciência. Muitas relações acabam mal devido a variadas razões e algumas delas começam pelo facto de não se compreender o que se está a sentir - Amor ou uma simples paixão - ou porque uma das partes, ou a duas, deixou a sua vontade se sobrepor à vontade dos dois. 

Confesso que a nível Amoroso já passei por muita coisa e aprendi muito com essas experiências. 

A relação mais longa, e estável, que vivi foi uma relação linda, mesmo pensando nos maus momentos Eu só me consigo lembrar no sentimento de grande Amor que sentia por Ela.  Foi uma relação que começou da melhor forma, dois amigos que se começaram a conhecer cada vez melhor até se tornar em um Amor. Havia sempre conversas, havia sempre coisas para contar, havia sempre passeios pela cidade, havia sempre momentos de grande carinho. Como em qualquer relação existiam, também, os momentos maus. Esses momentos, que se podiam tornar em discussões, derivavam no facto de Eu ser muito diferente Dela, desde a forma de pensar, forma de ver o mundo, forma de estar no mundo. As discussões acabavam por ser dissolvidas pelo Amor mas chegou a um ponto onde deixaram de ser dissolvidas. Aqui entra o sacrifício, a paciência, a dedicação que falei antes. Olho para trás e vejo o erro que cometi. Vi as coisas que deixei de fazer devido ao meu orgulho, ou seja, comecei a olhar para o que eu sentia em vez de olhar para o que Ela sentia. Os dois tivemos culpa no facto de a relação ter acabado mas apenas posso, e devo, falar apenas na minha parte. O Amor que ali existia nunca mais o voltei a sentir com outra pessoa, talvez por ser tão perfeito. 

Com este meu exemplo eu desejo ilustrar como uma coisa tão bela e perfeita pode ser destruída quando a vontade de Um se sobrepõe à vontade dos Dois.

Quando deixamos nosso orgulho tomar conta da situação. 

Quando deixamos de pensar com Amor e começamos a pensar sem Amor. 

Havia momentos que eu nem sabia a razão da discussão mas já ia preparado para uma, como um soldado que se preparava para a guerra . Quando nos preparamos para uma guerra é uma guerra que vamos ter. A nossa mente já não pensa em mais nada, já não há Amor ali, apenas um soldado pronto para batalhar. 

Um dia acordei e já não tinha nada.

Nunca deixem maus sentimentos, ou situações, se colocarem acima de vosso Amor, nem mesmo vocês próprios. Com Amor tudo se resolve, todas as feridas saram, todas as discussões se aguentam, todas as tempestades são ultrapassadas. 

Apesar de já não a ver à mais de ano e meio, olho para trás e sinto um grande carinho por Ela, pelos bons momentos e, sobretudo, pelo que aprendi.