Música - Concerto da Tarja Turunen !!

No dia 28 decidi ser social e fui a Lisboa ver o concerto da Tarja Turunen. Conheço o trabalho dela desde os tempos do Ocenborn dos Nightwish. É das minhas vocalistas favoritas e ouvi-la ao vivo foi uma experiência extraordinária que espero voltar a repetir mais vezes!

A sala foi a Aula Magna, Lisboa, e confesso que ver um concerto -sentado- é algo que corta a emoção toda; dado isto, nos primeiros 3min de concerto foi preciso levantar do sofá (isto de estar nas doutorais tem coisas engraçadas.. nunca vi um concerto sentado num sofá) e começar a abanar a cabeça.. agora com menos cabelo quando comparado com o último concerto a que fui.

Os Sorronia abriram as hostilidades. São uma banda da Hungria e que nunca tinha ouvido falar até os ver a afinar os instrumentos e a começar a dar espectáculo. Gostei do grupo e certamente irei seguir o trabalho deles no futuro.

Depois do concerto dos Sorronia, a sala já estava composta e pronta para receber aquela que todos estavam à espera - Tarja Turunen. 

Acreditem que ver toda a gente sentada num concerto de metal foi das coisas mais bizarras que vi até hoje mas, apesar dessa situação menos normal, o publico foi excelente!

O concerto foi excelente e sinceramente recomendo, a quem não conhecer a menina Tarja, que vá ao youtube - já! - e veja, por exemplo, este video do concerto (eu apareço no video; fica o alerta às pessoas mais sensíveis!)

Bem, acabo com mais uma ou duas fotos! 

Mais escolhas.. Vilken väg att gå?

A imagem não reflecte um resultado definitivo mas sim uma possibilidade - Umeå University, na Suécia.

Estou de volta ao mercado e depois de ver como a investigação é "bem" tratada em Portugal, a possibilidade de ir trabalhar para o estrangeiro passou a ser uma realidade; uma realidade que gostaria de evitar mas que, desta vez, terei de encarar de frente pois posso não ter a mesma sorte que tive em 2013.

A possibilidade de ir fazer doutoramento para a Suécia é a mais apelativa de todas as opções que tenho à minha frente,  apesar de não ser nada certo (concurso). Sempre quis ir para a Escandinávia e o facto de juntar este desejo com o tema - Biofísica teórica - a minha vontade aumentou. 

Como esta tenho também a possibilidade da Bélgica, Alemanha, Reino Unido. O ponto é que este ano a possibilidade de ir lá para fora tornou-se bem real para mim. Apenas família e amigos me fazem ponderar mais em se devo arriscar mas a (des)vantagem de ser solteiro acaba por facilitar qualquer escolha que venha a tomar - não sei até que ponto isso é bom... 

Vamos ver onde este caminho me leva.. se me leva lá fora ou se fico por terras lusitanas. 

Uma lição valiosa sobre amor próprio

Na segunda-feira, antes de deitar, escrevi no meu caderno:

"Eu amo o Pai acima de todas as coisas; eu amo o Filho e estou-lhe eternamente grato (...), eu amo o Santo Espírito e por tudo que ele me ensina (...); Eu amo a todos que me rodeiam e, por esse amor, daria a minha vida por cada um de vós (...) Apesar disso, eu não me Amo e é por isso que falho."

Quem é familiarizado com as escrituras e os seus ensinamentos, pode aprender sobre dois grandes mandamentos nos quais todo o Evangelho se resume:

"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."

 (Mateus 22:37-39)

O segundo mandamento diz que devemos amar ao próximo como amámos a nós mesmos. Esta passagem sempre me deixou intrigado porque eu amo o próximo mas não amo a mim mesmo; comecei a meditar sobre este problema e há apenas duas conclusões possíveis: 

- Eu não amo ao próximo;

- Eu é que estou errado e, no fundo, amo a mim mesmo mas não o sabia. 

Com esta duvida na minha mente fiz a minha oração antes de deitar e pedi que a minha dúvida fosse tirada, e que Ele me ensinasse a amar a mim mesmo. A este meu pedido juntei um jejum e a resposta não tardou..

mas..

..antes de partir para a resposta eu irei me descrever, ou seja, irei expor como eu me vejo pois isso irá clarificar o sentido da resposta que recebi.

Eu considero-me perfeccionista; não tolero falhar; pode existir apenas uma mancha no meu vaso interior que eu penso para mim mesmo que ele está todo sujo, por outras palavras, se eu falho em alguma coisa então falhei como um todo. Quando alguém me elogia eu posso agradecer mas o meu reflexo mental é pensar "como ele pode dizer que foi bom quando eu falhei 3 ou 4 notas". Todas estas coisas se reflectem em mim mesmo e muito raramente se transpõem cá para fora, para os outros. 

Continuando..

Quando comecei meu jejum no dia seguinte (ontem), ele começou com uma pergunta na minha mente - como se define uma pessoa? 

Durante estas últimas 24 horas essa pergunta ressoava na minha mente sempre que eu fazia algo diferente do mundo. Não vou contar o que fiz ou o que aconteceu durante o dia de ontem, pois não quero que pareça que me estou a enaltecer ou a chamar a tenção, no entanto, deixo as seguintes perguntas para ponderarem:

O que vos define? 

São os erros que cometem ou as coisas acertadas que fazem?

São os momentos em que estavam caídos no chão ou os momentos que passam levantados e firmes?

São os momentos de tristeza ou as alegrias que viveram?

São as lágrimas que caiem de vossos olhos ou são os sorrisos que conseguem criar em quem vos rodeia?

O que aprendi ontem foi que nós amámos a nós próprios quando amámos os outros. Não é o nosso amor por nós mesmos que nos faz amar os outros mas sim ver o que nós somos capazes de fazer por amor ao próximo que nos faz amar a nós mesmos cada vez mais (confuso?) . Aprendi que eu já me amava e que aquilo que exijo de mim é humanamente impossível de aguentar sem quebrar. 

A fasquia não diminui, nem deve, pois acredito que nós devemos ter a nossa fasquia apontada ao nosso potencial e não ao que "já fazemos direito"; no entanto, a perspectiva mudou. 

Querem sentir mais amor por vocês mesmos? Ver a vossa auto-estima a aumentar a cada dia que passa? A resposta que tive foi simples - sirvam aos outros, amem quem vos rodeia e demonstrem sempre esse amor, ajudem que precisa, chorem com quem chora, façam sorrir quem está desesperado, ensinem quem pouco sabe, abriguem quem anda à chuva, agasalhem quem está com frio, dêem de comer a quem tem fome. Quando olharem para o espelho e virem quem fez todas aquelas coisas não haverá razão nenhuma para pensarem mal de vocês mesmos. 

"O que levamos nós desta vida?"

Depois da brincadeira do último post, está na hora de voltar a escrever. Desta vez precisei de ajuda, pois a inspiração me falta. Encontrei, em um blog que sigo, um pensamento deixado como desafio - O que levamos nós desta vida? Se hoje fosse o nosso último dia, o nosso último suspiro, como deixaríamos esta vida?

Nós vivemos como se fossemos viver para sempre, ou melhor, vivemos como se um amanhã fosse garantido; vivemos como se existisse sempre uma "segunda oportunidade" ou "tempo extra". Temos o mau hábito de deixar para depois todas as coisas que devemos começar agora a realizar. Deixamos sempre para depois os pedidos de desculpa, o tempo que deveríamos passar com quem mais gostamos, o tempo para melhorar o que é fraco em nós, o tempo para viver em paz nós deixamos sempre para o amanhã.

Eu gosto de pensar, e faço para que isso seja a realidade, que se este fosse o meu último suspiro o único pensamento que me viria à cabeça seria um Obrigado; o único sentimento seria de Gratidão e a última imagem que visse seria a de minha família, feliz.

Eu tenho uma frase colocada acima da minha secretária, retirada do Livro de Mórmon, que diz assim:

Pois eis que esta vida é o tempo para os homens prepararem-se para encontrar Deus; sim, eis que o dia desta vida é o dia para os homens executarem os seus labores 

(Alma: 34-32)

Sempre gostei da forma como é descrito o nosso tempo cá - o dia desta vida. A vida é um dia, é hoje, é agora. Se algo está mal então é agora que devemos fazer tudo para que fique bem. Se há uma desculpa a pedir, um perdão a dar, então é agora que devemos fazer isso. 

Uma vez ouvi uma história. Uma enfermeira perguntava aos doentes terminais se eles tinham algo com que se arrependessem e que gostariam de ter mudado enquanto tivessem tempo. As respostas eram quase sempre as mesmas:

- "Gostaria de ter passado mais tempo com as pessoas que amo"

- "Gostaria de ter vivido à altura de meu potencial"

- "Gostaria de me ter permitido ser mais feliz"

O que impediu estas pessoas de passarem mais tempo com quem amam? Ou de terem vivido de à altura do seu potencial? Ou o que as fez dificultar a sua própria felicidade?

Colocando de outra forma:

O que vos impede de passar tempo com quem mais amam?

O que vos impede de viverem à altura do vosso potencial?

O que vos impede de ser mais felizes?

Será medo? Será comodismo? Será preguiça? Será o orgulho?

Viver como se hoje fosse o último dia faz com que nós mudemos muitas coisas na nossa forma de viver. O mundo ensina, de forma errada, que viver um dia de cada vez é sinónimo de aventura, de não preocupar com o futuro, de não pensar em consequências, de simplesmente não viver de forma responsável e consciente. No entanto, e com um pouco de mais sabedoria, poderemos ver que viver o dia da nossa vida significa que nós vamos dizer "Amo-te" mais vezes a quem está ao nosso lado e que vamos passar tempo de qualidade com quem amámos; significa que vamos pedir perdão a quem ofendemos e que vamos abraçar quem nos pede perdão; significa que vamos dar o nosso melhor em todas as coisas e não vamos baixar os braços perante as dificuldades; significa que não vamos permitir que o nosso medo nos impeça de ser mais felizes.

Então, o que levamos nós desta vida? 

Música - Eu a tocar Kuolema Tekee Taiteilijan, dos Nightwish

Hoje decidi fazer uma brincadeira - decidi tocar piano à frente de uma câmara.

A música é dos Nightwish e chama-se Kuolema Tekee Taiteilijan (cliquem no nome e serão direccionados para a versão original). 

É a primeira vez que me filmo a tocar piano e, para não variar, estava nervoso.. Impressionante que até para uma câmara eu tremo a tocar piano; pensei que era só quando tocava ao vivo.. enfim! 

Esta música é importante para mim por vários factores, que já passaram aqui pelo blog, nas entrelinhas dos textos, mas um dos factores é o facto de ter sido umas das primeiras músicas que aprendi a tocar no piano. 

Espero que gostem. Não está perfeito, pois ainda tenho muito que aprender para tocar como deve ser e talvez no futuro filme mais umas músicas. Vamos ver como corre; coragem para isto não acontece todos os dias!

PS: Uma nota - usei o telemóvel para filmar e o coloquei no teclado, por isso, desculpem os "tremores de terra" no final da música..que até fizeram com que o telemóvel perde-se a sincronização do som com o video. ^_^. 

O coração dos Homens falhará

Há um video que gosto muito e que serviu de inspiração para este texto. Ele encontra-se no final.


O ser humano é uma criatura muito especial. É capaz de realizar os maiores actos de coragem e de caridade mas também é capaz de ser mau, negligente e cruel. Muitas vezes os Homens são assim devido ao medo, à insegurança, à falta de confiança.
Há uma passagem em Lucas 21:26 que diz o seguinte:

Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.

Esta passagem fala dos últimos dias mas, sejam eles no nosso tempo ou num futuro, é algo que é transversal a todas as épocas - o coração dos homens falha quando são testados e chega a aflição. O coração falha devido à fraqueza, ao medo e à incerteza..
Acredito que neste momento pensarão que é "normal, todos sentimos medo e é natural que o coração falhe numa altura de aflição", no entanto, e reforçado pelo testemunho maravilhoso do Elder Russell M. Nelson (do quórum dos Doze), também testifico que essa falha do coração pode ser evitada. Quando nós vivemos em Paz com o nosso Pai Eterno, com quem nos rodeia e principalmente com nós próprios, então não teremos medo nos momentos mais difíceis.

A chave para eliminar o medo é ter Fé e Esperança. Quando o nosso coração está cheio de fé e esperança então ele nunca falhará. A maior das tempestades poderá cair sobre a nossa cabeça que prometo que o coração não irá falhar. No entanto, para que se viva nesse maravilhoso estado de paz é necessário mudar o que está mal em nós; na nossa personalidade, na nossa forma de reagir, na nossa forma de viver. Todos nós temos falhas e, como um edifício que é construído em areia, quando vem um abalo e a tempestade tudo irá ruir à nossa volta. Devemos trabalhar e nos esforçar para melhorar e viver em Paz.

O mundo vive em constante aflição. Temos casamentos que são destruídos porque as pessoas não desejam mudar e viver como um. Filhos que se viram contra os pais porque o mundo é mais apetecível. Pais que negligenciam a educação de seus filhos porque se acomodaram na sua própria esfera que esquecem que a salvação dos seus filhos começa na educação dada pelos próprios pais. Vemos multidões que, na altura do desastre económico de uma crise, revoltam-se contra si mesmos e saqueiam os seus irmãos, agridem uns aos outros, roubam quem já pouco tem. Vemos pessoas que, no limite da aflição entram em pânico e ficam completamente paralisadas sem saber como agir, enquanto que outras escondem-se por detrás dos vícios e químicos, para esquecer que as dificuldades sequer existem.

O coração do mundo falha quando a caridade é substituída pela intenção do acto. Quando um pobre estica a mão a pedir e a pessoa mente e diz que nada tem e esquece que quem nada tem está à sua frente.. de mão esticada; ou quando viram a cara e fazem de conta que não está lá ninguém e que eles também são como quem está a pedir - pobres e que nada têm.
O coração falha quando nós permitimos que o orgulho, rancor e o ódio se apoderem do nosso espírito e nós deixamos de perdoar quem nos faltou e ofendeu. O coração falha quando relações são destruídas porque preferiram ter razão do que perdoar, amar, confiar..
O coração dos homens irá falhar quando a pouca fé e esperança, que ainda existe, desapareçam completamente.

Eu, todos os dias, dou graças por ter conhecido e ter aprendido o que aprendi. Por ter vivido o que vivi até hoje e por Ele me ter ensinado tantas coisas. Aflições todos vamos viver mas quando confiamos n'Ele e que Ele abençoa quem o Ama e cumpre os seus mandamentos então nós iremos viver essas aflições com paz em nossos corações e com o Eterno aconchego do Seu divino amor. Quando estamos em sintonia com Deus e seguimos os passos de Seu Filho unigênito, Jesus Cristo, então nós teremos sempre uma certeza em nossos corações - depois da Tempestade virá sempre a bonança, a calma, a paz.   

O Blog: dos balanços e do que virá

O ano 2013 já lá vai e o novo ano começa. 

No ano passado o blog passou por algumas marcas que acho relevantes:

- Passei a marca dos 100 textos publicados e, este texto marca a publicação numero 150!

- O blog passou as 10.000 visitas, situando-se agora com aproximadamente 14.000.

Ou seja, o blog tem crescido e isso dá-me motivação para continuar a escrever. Na mesma linha, vou listar os dez textos mais lidos durante 2013 (por ordem de publicação):

- A Queda de Adão e Eva;

- A parabola dos talentos;

- Começa uma nova etapa;

- Onde Estamos? Para onde Vamos?;

- A Verdade liberta-nos;

- "Onde estava Deus quando algo mau aconteceu?";

- O paradoxo do gato de Schrodinger e as decisões;

- Às mulheres;

- O mundo e mudança;

- Os nossos pontos fortes poderão ser a nossa queda.

É bom ver que aquilo que se escreve é capaz de colocar as pessoas a pensar e, o meu desejo é que possa ajudar de  alguma forma; é essa a minha motivação para escrever. A razão da criação do blog foi mesmo essa - a partilha das coisas que sei e acredito e que essa partilha ajude, de alguma forma, o leitor.

Agora, o que virá para 2014, sinceramente não sei. O crescimento do blog depende de dois factores: 

- A minha inspiração 

- O retorno que recebo de quem lê.

A minha inspiração é como as águas do mar.. varia muito com as marés, com as fases da lua, com o vento, com a chuva e com o sol. No entanto tento escrever, pelo menos, um texto por semana.

Quanto ao retorno que recebo ou venha a receber dos leitores, essa é também uma parte importante. Se não há feedback então as coisas não crescem e a motivação perde-se pois não vemos os textos a chegar a um destinatário.

Como novidade para 2014, estou a pensar criar um blog paralelo a este mas em inglês. Desta forma poderei chegar além fronteiras. Vamos ver como corre e se há motivação/inspiração para isso.

Desejo-vos um excelente 2014!!