quinta-feira, 27 de junho de 2013

Da Alma: A Auto-estima


Uma das raízes dos problemas sociais que vivemos hoje em dia é a falta de auto-estima. 
Muitas das decisões erradas que tomamos são causadas pelo simples facto de que preferimos fazer o que os outros pensam, e fazem, do que aquilo que é certo. Preferimos ir contra os nossos princípios do que manter o nosso chão bem firme e defender aquilo em que acreditamos.

Podemos começar pelos jovens.. Olhem para eles, ou relembrem os vossos dias de escola e irão reparar que muitos dos nossos amigos, ou até nós próprios, cedíamos às pressões dos grupos, ou fazíamos as coisas que os 'ídolos' faziam, apenas para pertencer ao grupo e ser mais cool

Vivemos numa época onde as pessoas dizem que se respeitam mas nas suas acções o que fazem é desrespeitar a sua própria essência. Acredito que a insegurança e falta de auto-estima esteja directamente relacionada com a falta de respeito próprio. Preferimos que sejam os outros a estabelecer os nossos princípios e padrões do que sermos nós próprios a estabelecer e manter esses padrões. Será que podemos respeitar a nós próprios quando fazemos coisas que condenamos quando vemos outros a realiza-las? Será que respeitamos a nós próprios quando vamos contra os nossos padrões? A resposta é não. O que vocês sentem, aquela pseudo-paz é apenas o insignificante e vazio sentimento de conformação. Preferimos baixar os braços e ir com a corrente do que realmente levantar os olhos e remar contra a corrente. Nós não podemos mudar a direcção dos ventos mas podemos ajustar as nossas velas

A nossa identidade é constantemente atacada com ideias e ídolos que vão contra os nossos padrões. O mundo vive cada vez mais uma lei selvagem onde não é o alimento que é escasso mas sim a auto-estima e o respeito próprio. As pessoas procuram incansavelmente por formas de se afirmarem e destacarem dos outros, procuram pela riqueza e pelo prazer dos momentos, e fazem estas coisas sem olhar para quem pisam e deixam para trás. O mundo, a cada dia que passa, perde os seus padrões e valores e o resultado é uma forma de viver selvagem e vazia onde apenas se procura a satisfação química do que uma real felicidade.

Não sei se o que me tem vindo a acontecer é uma simples consequência de estar simplesmente mais atento mas eu cada vez vejo mais pessoas tristes e desanimadas, a viverem -literalmente- com uma corda ao pescoço. Em duas semanas soube de pelo menos 4 pessoas que escolheram deixar esta vida ou que iriam fazer essa escolha não fossem paradas a tempo. Vejo amigos completamente alienados dos problemas uns dos outros. Vejo familias que não conversam, não passam tempo juntos.

A virtude, a dignidade, os padrões morais, são coisas que não podem ser medidas nem quantificadas e, por isso, são cada vez mais descartadas como inúteis ou características secundárias. O que hoje se procura é o que está abaixo, junto ao chão, onde os padrões são nulos e a auto-estima é algo relativo. Deveríamos ser mais como as árvores, que preferem crescer acima dos padrões normais, elevando-se bem alto - quase tocando a luz. Ou deveríamos ser mais como os pássaros que vivem nos céus e voam bem alto, sem medo, sem olhar para baixo. Deveríamos começar a nos comportar-mos como reais filhos de Deus, com Potencial Divino e com a capacidade de escolher e defender aquilo que é certo. Revistam-se com a armadura valorosa e defendam-se dos baixos padrões e ideias de um mundo cada vez mais decadente. Sejam corajosos e atrevam-se a ajustar as velas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Da Alma: A Riddle Song



A Riddle Song



THAT which eludes this verse and any verse,
Unheard by sharpest ear, unform'd in clearest eye or cunningest mind,
Nor lore nor fame, nor happiness nor wealth,
And yet the pulse of every heart and life throughout the world
incessantly,
Which you and I and all pursuing ever ever miss,
Open but still a secret, the real of the real, an illusion,
Costless, vouchsafed to each, yet never man the owner,
Which poets vainly seek to put in rhyme, historians in prose,
Which sculptor never chisel'd yet, nor painter painted,
Which vocalist never sung, nor orator nor actor ever utter'd, 
Invoking here and now I challenge for my song.

Indifferently, 'mid public, private haunts, in solitude,
Behind the mountain and the wood,
Companion of the city's busiest streets, through the assemblage,
It and its radiations constantly glide.

In looks of fair unconscious babes,
Or strangely in the coffin'd dead,
Or show of breaking dawn or stars by night,
As some dissolving delicate film of dreams,
Hiding yet lingering. 

Two little breaths of words comprising it.
Two words, yet all from first to last comprised in it.

How ardently for it!
How many ships have sail'd and sunk for it!
How many travelers started from their homes and ne'er return'd!
How much of genius boldly staked and lost for it!
What countless stores of beauty, love, ventur'd for it!
How all superbest deeds since Time began are traceable to it--and
shall be to the end!
How all heroic martyrdoms to it!
How, justified by it, the horrors, evils, battles of the earth! 
How the bright fascinating lambent flames of it, in every age and
land, have drawn men's eyes,
Rich as a sunset on the Norway coast, the sky, the islands, and the
cliffs,
Or midnight's silent glowing northern lights unreachable.

Haply God's riddle it, so vague and yet so certain,
The soul for it, and all the visible universe for it,
And heaven at last for it.


Walt Whitman

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Do Blog - 10,000 Visitas!!



Durante o dia de hoje, a marca das 10,000 visitas foi ultrapassada !!
Estou muito feliz por ver que um blog com pouco mais de um ano já atingiu esta marca. Como disse na marca dos 1000 e dos 5000 e agora repito na 10,000, eu nunca pensei que fosse correr assim tão bem. 

Agradeço a todos que visitam este cantinho da blogosfera e que também vão dando feedback e me mantendo motivado para continuar a escrever e a manter o blog vivo. 

Muito Obrigado a todos!!


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Da Alma: O cansaço e o que motiva



Acho que mesmo durante as semanas em que trabalhava para a Tese eu não estava tão cansado como ando nestas últimas duas-três semanas. É nestas alturas que somos atacados pelo desânimo e eu sempre tive uma grande tendência para desanimar e ir abaixo. Para tentar contornar esse problema eu decidi encontrar mais alguma motivação e mais uma forma de encontrar forças para continuar motivado nas coisas que tenho a fazer.

Na semana passada eu decidi colocar quatro, das minhas escrituras favoritas, escritas em papel em frente à minha secretária. A primeira é:

Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.
Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 
(1 Timóteo 4:12-16)

Esta é realmente a minha passagem favorita em todas as escrituras. Motiva-me tanto espiritualmente como no que é material. Realmente devemos ser um exemplo para todos e ter a perfeita noção de que as nossas acções influenciam quem nos rodeia - seja para o bem como para o mal. Por mais que tentemos nos convencer de que as nossas acções só nos dizem respeito, elas vão afectar sempre quem nos rodeia; nem que seja pelo exemplo que dá-mos. Muitos que se sentem fracos vão olhar para nós e procurar por força e, por isso, devemos ser uma luz para essas pessoas.. o que me leva à minha segunda escritura:



Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. 

(Mateus 5:14-16)


Devemos ser uma luz para o mundo; não devemos esconder o que há de bom em nós mas devemos partilhar essas coisas com quem nos rodeia. É esta escritura que me inspira e motiva a sair de casa e ajudar os missionários, servir os membros d'A Igreja de Jesus Cristo e a servir todos os que estão à minha volta, nem que seja apenas na forma de exemplo.


E em verdade eu te digo que deverás deixar as coisas deste mundo e buscar as coisas de um melhor.
(D&C 25:10)

Esta é a minha assinatura de Email  É uma lembrança constante de que há mais no mundo do que aquilo que nos chega aos olhos. Devemos procurar pelo que é Espiritual e, dessa forma, seremos bem mais felizes. Nesta linha de pensamento chegamos à minha quarta escritura:



Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. 

(1 Coríntios 6:12)

Tenho esta escritura com uma fotografia do Templo por cima. Realmente nós temos o livre arbítrio para escolher entre todas as coisas mas nem todas essas coisas serão boas para nós. Esta passagem lembra-me constantemente que devo sempre ponderar as coisas que faço, digo e a forma como reajo. Lembra-me que devo ser disciplinado e tentar sempre não me deixar dominar pelo que é do mundo.


É difícil manter o ânimo nos dias de hoje. Por vezes acordámos e parece que o mundo está contra nós, até nós próprios; o cansaço faz com que nem disposição encontremos para escrever num blog mas devemos sempre levantar e continuar em frente.





quarta-feira, 12 de junho de 2013

Da Alma: “Aonde mandares irei.”


Um dia nós chegamos a este ponto, onde colocamos tudo nas mãos d'Ele e confiamos de todo o nosso coração por isso, hoje, deixarei apenas este hino.



(tradução da letra para português - 167)

Talvez não seja em alto mar
Que Cristo me vá mandar;
Talvez não haja conflitos lá,
Nem honras eu vá encontrar.
Mas, quando o Cristo me chamar
A sendas que não trilhei,
Eu proclamarei com amor, ó Senhor:
“Aonde mandares irei.”


Aonde mandares, irei Senhor,
Através de montanhas ou mar;
O que ordenares direi, ó Senhor.
Tal como mandares, serei!


Talvez da dúvida e do mal
Eu venha a resgatar
Amados filhos do Bom Pastor
Que esperam o meu chamar.
Porém, se o Cristo me guiar
Na própria senda do mal,
Mensagem de amor levarei, ó Senhor,
O que ordenares direi.


Aonde mandares, irei Senhor,
Através de montanhas ou mar;
O que ordenares direi, ó Senhor.
Tal como mandares, serei!


Talvez floresça em minhas mãos
A messe do Salvador
Pois com vigor quero trabalhar
Por Cristo, meu Redentor.
Confio em ti, sem vacilar
E sempre te amarei
A tua vontade farei, ó Senhor.
Tal como mandares serei!


Aonde mandares, irei Senhor,
Através de montanhas ou mar;
O que ordenares direi, ó Senhor.
Tal como mandares, serei!

domingo, 9 de junho de 2013

Da Alma - Quem sou eu?


Estava a pensar sobre o que escrever hoje e, depois de vários momentos de vazio e de nenhuma inspiração, veio uma pergunta à minha mente - Quem és tu?

Engraçado que, com o passar do tempo e com o ruído do mundo, nós somos capazes de esquecer a resposta para tão elementar pergunta - Quem sou eu?
Sempre que estou com dificuldades maiores eu tenho a tendência para fazer esta pergunta a mim próprio. No passado eu a fazia no sentido de me deitar abaixo - "não és ninguém" "és fraco" "etc...." mas, com o passar do tempo e à medida que fui ganhando mais conhecimento - principalmente conhecimento sobre a minha própria pessoa, eu deixei de responder dessa forma. 

Muitas coisas nos definem e existe uma que nos eleva mais do que todas as outras - Eu sou um Filho de Deus. Não há nada mais maravilhoso do que saber isto - que eu sou um filho de Deus. Ao saber isto sobre a minha identidade vai criar uma reacção em cadeia que me vai possibilitar saber todo o meu potencial.
Como Néfi (Profeta do Livro de Mórmon) uma vez disse e eu transponho para o meu caso - sou filho de bons pais. Pais que me ensinaram as bases para que eu me torna-se aquilo que sou hoje. Não fossem eles e eu não teria a educação, oportunidades e o empurrão para que hoje eu soubesse o que sei e estivesse onde estou. 
Ao olhar para o meu ser eu também sou capaz de ver muitas outras características . Eu tenho um caderno onde escrevo sobre coisas que me acontecem, boas ou más, para que um dia possa ser dado como um legado para meus descendentes. Numa dessas páginas eu escrevi uma lista de coisas boas e más que eu via em mim próprio. Fiquei surpreso quando reparei que a lista das boas era maior que a lista das que ainda precisam ser melhoradas. Temos muito a tendência de ser pessimistas em relação a nós próprios e eu era dos piores. Depois de ler aquelas coisas isso mudou.

Quem eu sou? 
Esta pergunta torna-se, a cada dia, mais fácil de responder, principalmente quando sabemos onde estamos e para onde queremos ir; eu sei aquilo que desejo ser, o que desejo melhorar em mim. Por saber estas coisas eu sou capaz de me definir e.. deixo aqui uma citação de Lao Tse (filósofo chinês) sobre o resultado:
Quem conhece os outros é inteligente. Quem conhece a si mesmo é iluminado. Quem vence os outros é forte. Quem vence a si mesmo é invencível.

Quando sei quem sou, quando sei minhas fraquezas e virtudes eu sou, então, capaz de vencer a mim próprio e me tornar melhor do que aquilo que sou. É maravilhoso olhar para trás e ver o quanto já caminhei, o quanto já evolui. Apesar de o caminho ainda ser longo, sou capaz de ver o que já andei até agora e simplesmente não desanimar. Um coração que outrora era frio e distante foi capaz de se converter a algo amoroso e carinhoso. Este é apenas um dos resultados de uma mudança que sempre começa com um simples passo em direcção a algo melhor e bom. Todos podemos dar esse passo.. basta desejar mudar e agir segundo esse desejo.


domingo, 2 de junho de 2013

Do Tempo - Um dia diferente com a Natureza



Hoje tenho uma entrada diferente no blog. Ao contrário do que é costume, hoje vou colocar uma amostra do que foi o meu dia ontem (sábado dia 1 de Junho).
Ontem foi um dia diferente porque fui fazer, junto com meu pai e minha irmã, uma actividade ao ar livre - o que já é estranho para um ser caseiro como eu. Esta actividade foi organizada pela empresa onde o meu pai trabalha e estava aberta a toda a família, e consistia num dia dedicado ao convívio, à natureza e, também, a uma visita a uma fábrica de papel. 


A actividade que mais me cativou foi a ligada à natureza. Confesso que de natureza percebo pouco, ou melhor, percebo de física, átomos, moléculas e células mas ao nível de árvores, floresta e como cuidar da natureza eu percebo muito pouco. Devido a essa minha lacuna de conhecimento, eu achei este dia fantástico. Eu fui para esta actividade a pensar que ia plantar uma árvore mas acabei a fazer algo muito diferente que foi eliminar plantas invasoras. 
Muitas vezes pensamos que cuidar da floresta é limpar o lixo e plantar arvores mas isso é apenas uma pequena parte do que realmente é necessário fazer. Existiam pelo menos duas actividades que eram possíveis realizar:
- Cavar à volta de árvores e eliminar ervas junta a elas;
- Limpeza de plantas invasoras;

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Este dia fez-me ponderar muitas coisas sobre a nossa vida. Engraçado como todas as coisas me são possíveis para comparar com a nossa vida. 
Enquanto andava a tratar das plantas invasoras, isto é, a limpar terreno destas plantas invasoras, comecei a comparar com a nossa vida terrena. A razão porque limpamos o terreno é porque as árvores não podem crescer livremente, e de forma saudável, se estas plantas estiverem junto a elas, pois irão roubar os seus nutrientes e até água e, consequentemente, as suas raízes irão enfraquecer e a árvore morrerá. 
Com a nossas vidas é a mesma coisa. Por vezes temos plantas invasoras nas nossas vidas que, por mais apelativas à vista que sejam, elas estão a enfraquecer as raízes do nosso espírito e, ao longo do tempo, iremos ficar bem mais fracos. 



Cortar estas plantas, limpar o terreno, cavar à volta da árvore, são coisas que dão muito trabalho e exigem perseverança e diligência; as plantas invasoras não podem ter o seu caule cortado sem arrancar a raiz pois, caso assim seja, elas voltarão a crescer e, talvez, com ainda mais força. A forma de as eliminar é bem mais cuidada e precisa. É possível arrancar as pequenas com a raiz inteira mas, as maiores, já precisam de um trabalho mais cuidado, onde apenas é retirada a casca do caule (até à raiz) e, desta forma, a planta irá secar e morrer.
Com as nossas vidas é a mesma coisa. Se tentamos eliminar da nossa vida o que nos é mau, essa eliminação terá de ser feita de forma cuidada e com precisão.Por exemplo, nós não podemos cortar com as televisões e computadores para eliminar o nosso ócio; para deixarmos de ser ociosos, a nossa mudança terá de ser bem mais profunda, até à raiz do nosso ser, onde o ócio cresce e floresce. Ocupar o nosso tempo com coisas sãs e com serviço será como retirar a casca a uma planta invasora,.. o ócio irá morrer com o tempo e, no final, não será mais um problema. 
Claro que será sempre preciso continuar a cuidar do jardim pois, estas plantas invasoras, podem sempre voltar a crescer, basta o jardineiro estar mais desatento..



Para acabar, deixo aqui uma foto minha..sempre com estilo e com uma cara sempre muito sorridente!