quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Do Tempo VIII - O final de um Ciclo


Não, não irei falar do fim do mundo.
Apesar de ter colocado o calendário Maya, o que desejo simbolizar é o final dos ciclos. Todos nós, se olharmos para o passado, podemos reparar que a nossa vida foi vivida através de ciclos, fases ou momentos. Se olharmos para o presente vamos ver que estamos a viver um mas se olharmos para o futuro podemos ver o final a aproximar-se ou muito distante ainda.

À medida que vou escrevendo cada página da minha tese eu dou mais um passo em direcção ao final de um ciclo. O meu mundo irá mudar mal eu entregue a tese e receba o diploma e, para ser sincero, gostava que esse dia estivesse mais longe. Não porque esteja com receio do dia da apresentação, ou com medo de resultados. Sei o que fiz e sei a qualidade do que fiz. Apenas estou, como dizem os ingleses com - cold feet - ou seja, estou ansioso e receoso quanto ao novo ciclo que irá começar. 

Estranho sentir estas coisas quando a minha ansiedade não passa pelo medo do desemprego ou das dificuldades. Nem tenho medo da responsabilidade do mundo do trabalho, pois já trabalhei na minha área - investigação - durante uns tempos enquanto estudava. Apenas a ideia de um ciclo a acabar me deixa nervoso. Talvez seja a hipótese de ter de sair de Portugal, pois eu gostaria muito de ficar por terras lusitanas. Virão tempos confusos mal receba o diploma, tempos em que terei de fazer escolhas e essas escolhas irão definir o percurso que a minha vida irá tomar. 
                   Acho que a resposta reside nesse mesmo problema - Escolhas...

Recebi um Email de um programa Doutoral, no estrangeiro. É apenas um de muitos mas fiquei a ponderar muito neste assunto - No que irei fazer a seguir. Tudo parecia tão certo e fácil até o ciclo estar a acabar. Desde a nível de carreira como a nível pessoal, o que escolher a seguir irá definir a minha vida. O doutoramento que escolher, por exemplo, irá definir - ainda mais - a minha especialidade. O local em que decidir seguir a minha vida profissional irá definir a minha vida pessoa futura. Os meus desejos de criar família, por exemplo, poderão ficar 'suspensos' ou poderão começar fora de Portugal, algo que nunca pensei ou coloquei a hipótese.  Algo estranho de se pensar quando nem sequer namorada tenho.. mas acredito que se tivesse uma, nesta altura, a escolha seria mais fácil pois não iria depender só de mim. A minha vida profissional sempre ficará em segundo plano quanto a família e Amor, mas neste momento é o único plano que tenho (a família vai bem!! e, como disse, não tenho companheira). Logo o peso da escolha cai sobre mim e a minha decisão irá afectar o meu percurso e futuro.

Coloco um grande peso nas escolhas pois sei a importância das suas consequências. Passei um tempo de preparação até agora, tanto pessoal, profissional e até espiritual. Agora chegou a hora do exame final e apensa desejo, quando a hora chegar, fazer a escolha certa. 




O blog chegou hoje às 3000 visitas...muito obrigado!!




sábado, 22 de setembro de 2012

Das ausências




Pois é meus caros leitores - será que já cheguei a um ponto, história do blog, onde já posso dizer "caros leitores"?
Enfim, devem ter reparado que isto, ultimamente, tem andado muito parado. Como podem ver pela foto acima - e já agora acabam por ver, literalmente, um canto do meu canto -  que eu ando, também literalmente, aos papeis. Ler artigos, escrever capítulos, fazer bonecos, escrever mais umas coisas e, nos entretantos, praticar piano. Não me queixo, a sério que não, apenas me deixa um pouco triste o facto de não ter podido dedicar o tempo que gostaria ao blog. Tanta coisa para escrever, tantos temas e tantas ideias, mas não consigo deixar de pensar em equações, algoritmos, tabelas, gráficos e na forma de vender isto tudo daqui a semanas. Pois é, escrever uma Tese é, para mim pelo menos, algo fácil e divertido mas o blog ficou em segundo plano infelizmente.

Mas pronto, estou sempre disponível para responder a perguntas ou desafios e a comentar comentários mas para um texto novo acho que só algures na semana que vem poderá sair um novo - nem sei sobre o quê ainda mas acho que devo escrever um.

Deixo-vos aqui um boneco que faz parte do meu trabalho. Apenas para mostrar que a ciência também pode ser considerada uma "arte" e que o mundo das moléculas e átomos não assim tão feio como nos ensinam na escola.

Um abraço a todos.






quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Do Tempo VII - Das Manifestações Politicas


    Hoje irei fazer a minha primeira, de muitas, opiniões politicas (na internet). O blog sempre foi virado para o lado mais espiritual da vida mas, ultimamente, as noticias não têm favorecido muito a mensagem que tento passar - esperança, equidade, paciência, amor, caridade, honestidade.  
    Desde sempre gostei de politica, gosto de argumentar e discutir as coisas que mexem com o 'sistema', seja ele pequeno ou até um pais. Já foi catalogado de fascista, de liberal, de comuna, extrema disto, extrema daquilo, mas acho que o normal é dizerem que sou de "Direita". Apesar destas coisas eu sempre me considerei no centro. As minhas opiniões não estão presas a partidos ou a cores. Se tenho uma opinião mais socialista, também tenho outra mais liberal ou uma outra mais conservadora. Enfim... Não sou capaz de escolher um lado e aceitar todas as ideias desse lado. EU acho que deve ser assim qualquer pessoa que se interesse por politica - aberta a novas ideias e coma  capacidade para se adaptar, independentemente da sua cor politica. 
    Nestes ultimas anos o pais tem andado a perder sustentabilidade, a perder valor em relação ao resto do mundo. Tudo isto de deveu a ANOS de asneiras, sejam elas realizadas pela classe politica, ou realizadas pelo próprio povo. O nosso pais é o único da UE onde o FMI entrou três vezes, sim, leram bem TRÊS VEZES. Isto demonstra que nós estamos piores do que pensávamos. Não falo no défice, não falo do tamanho do buraco financeiro falo é no sentido de nós não sabermos para onde vamos e como vamos lá chegar. O nosso rumo, como pais, tem sido aos altos e baixos, com poços bastante fundos pelo meio. 
    Como todos os portugueses, eu estou indignado com esta austeridade, só os loucos é que não estão. Mas o mal vem de trás e não é culpado apenas este Governo mas sim TODOS desde o dia em que se permitiu corruptos entrar em Belém. Temos o poder para os derrubar a todos mas esse poder não passa nem pela violência nem por mais corrupção ou perda de liberdades. O povo deve ir às ruas e manifestar a sua indignação. Deve ir berrar e gritar - fazer valer dos seus direitos e lembrar ao Governo que quem manda é o povo - mas detestava ver isso a acabar em batalha campal - como na Grécia de uns meses atrás. O meu receio para estas manifestações dos próximos dias é ver pessoas cheias de ódio a estragar a sua vida e a de outras que também estão a lutar pelo mesmo. Ódio gera ódio e os corações inflamados que começo a ver nas ruas, até em pessoas onde achava nunca chegar a ver isso, .. uma faísca bastara para as pessoas esquecerem tudo em que acreditam e defendem, não porque lhes foi tirado algo mas porque o seu coração estava inflamado e bastou uma simples faisca. Detestava ver isso a acontecer também com Portugal e os portugueses. 
    O nosso mundo irá mudar nos próximos meses, seja pela austeridade, seja pelo cansaço, seja pelo ódio de alguns, seja pela corrupção de outros, mas eu sinto que o nosso mundo irá mudar nos próximos tempos. Aquilo que tínhamos como garantido deixará de ser. Não falo da comida na mesa mas falo da segurança - que tem vindo a ser cada vez menor e sinto que, com estes ódios e também politicas, ela será ainda mais reduzida. 

Manifestem-se, usem do vosso direito mas ponderem bem entre gritar o que defendem ou atirar a primeira pedra. 


Nenhuma revolução violenta, na história da humanidade, acabou bem - seja para o poder - seja para o povo. 
    


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Do Amor VII - Da Castidade e do Casamento


Pois é, hoje um homem solteiro vai falar de Casamento e da Lei da Castidade.
  
Já à alguns dias que não escrevo nada mas sempre desejei fazer um texto sobre estes temas. Confesso que o que me deu coragem para escrever foi um debate colocado no facebook do blog Shiuuuu.

Vou começar por falar do que é a Lei da Castidade. Esta lei existe desde sempre, foi instituída por Deus. Ele sempre declarou que a promiscuidade era algo obsceno. Sempre condenou o adultério. A Castidade é uma Lei que simplesmente diz que não haverá contacto intimo entre homem e mulher antes de estes se casarem; diz que qualquer acto que desperte o que é carnal deve ser controlado. Mas porquê existe esta Lei? Na minha aprendizagem, esta lei existe para nos proteger. Proteger das iniquidades do mundo, proteger das coisas que são carnais e apenas fruto dos desejos de um corpo. Ensinou-me que o Espírito se deve sobrepor ao corpo em todas as coisa. Ensinou-me que esta lei nos permite ver para além do que é carnal, e colocar em primeiro lugar o que é importante.

Hoje em dia defende-se, principalmente entre os jovens, que o acto sexual é um acto de Amor e que deve ser consumado mal se ame uma pessoa. Eles acertaram num ponto, sim, a relação intima entre homem e mulher é um acto de Amor, aliás, talvez dos actos mais solenes de demonstração de Amor. No entanto, este acto deve apenas ser realizado quando os Alicerces para uma relação já estão bem assentes. O tempo de namoro é um tempo de conhecimento. Neste tempo conhece-se as personalidades de cada parte, conhece-se os hábitos e gostos; começam-se a formar os alicerces para um Amor mais sólido e estável. Quando a relação sexual entra nesta fase ela irá actuar como uma distracção. Somos incentivados, pela sociedade de hoje, a explorar o que é carnal. o mundo ensina que devemos explorar estas coisas e que tudo é permitido. Sabes que não é mas como o desejo carnal é maior não escolhemos seguir um caminho mais difícil - o do auto-controlo mas preferimos usar o Amor como desculpa e saciar os nossos desejos carnais. Como o acto é tão sagrado, não deve ser usado com leviandade. Quantos não o fazem e ao mesmo tempo dificilmente pensam no parceiro como alguém com quem desejam criar família? A palavra Amor é atirada de um lado para o outro apenas para justificar nossa fraqueza em controlar o nosso próprio corpo. Destas coisas a Castidade nos protege pois guarda este momento tão solene para quando os alicerces já estão bem fortes e tomamos a decisão de nos unirmos a quem amámos para todo o sempre.

O Casamento é a celebração de um contracto, entre duas pessoas que se Amam, celebrado perante Deus, perante Testemunhas, perante a sociedade. Um contracto que diz que elas se irão Amar, cuidar, ser fieis, ser pacientes, ser amorosas e carinhosas, elas irão ser uma só consciência e um só coração, desse momento para toda a Eternidade. O casamento é a pedra angular de uma família. Quando casamos deixamos de pensar na perspectiva do presente mas começamos a pensar através de uma escala Eterna. O acto intimo é a consumação do casamento, tornando dois corpos um só, como o casamento tornou duas consciências e dois corações em um só.

A sociedade distorceu o conceito de casamento e tornou-o como algo secundário, ou pior, corrompeu a sua essência e transformou algo Sagrado em apenas um papel a ser assinado. As pessoas deixam de ver o Casamento como uma ligação mas começaram a ver como uma prisão.

Quando alguém quebra a lei da castidade existe algo que se perde, perde-se o respeito por nós próprios e o respeito que os outros têm por nós. Quando quebramos algo tão Sagrado, então tudo poderemos quebrar dadas as condições certas. O que era forte se tornou fraco pois irá quebrar com a pressão correcta, qual galho de uma árvore que quebra quando o dobramos o suficiente. Os nossos princípios e nossa Fé devem ser comparáveis a uma estaca de Bambo; que, por mais que a dobremos ela não irá quebrar, e as suas nossas raízes devem ser fortes e longas para que não possam arrancar os alicerces do Amor.