Certa vez, um homem sonhou que estava em um grande salão, no qual estavam reunidas todas as religiões do mundo. Ele percebeu que cada religião tinha muitas coisas que pareciam desejáveis e dignas.
Encontrou um casal muito simpático que representava A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e perguntou: “O que vocês exigem de seus membros?”
“Nós não exigimos nada”, responderam eles. “Mas o Senhor pede que consagremos tudo.”
O casal prosseguiu explicando sobre os chamados da Igreja, o ensino familiar e as professoras visitantes, a missão de tempo integral, as reuniões de noite familiar semanais, o trabalho do templo, os serviços humanitários e de bem-estar e a designação de dar aulas.
“Vocês pagam às pessoas para fazerem todo esse trabalho?”, perguntou ele.
“Oh, não”, explicou o casal. “Elas doam seu tempo sem nada cobrar.”
“Além disso”, continuou o casal, “a cada seis meses, os membros de nossa Igreja passam um fim de semana comparecendo ou assistindo a uma conferência geral de dez horas”.
“Dez horas vendo pessoas fazer discursos?” questionou o homem.
“E os serviços semanais de adoração na Igreja? Qual a duração deles?”
“Três horas, todos os domingos!”
“Oh, puxa”, disse o homem. “Os membros da sua Igreja realmente fazem o que vocês disseram?”
“Tudo isso e mais. Nem sequer mencionamos a história da família, os acampamentos dos jovens, os devocionais, o estudo das escrituras, os treinamentos de liderança, as atividades dos jovens, o seminário matutino, a manutenção dos edifícios da Igreja e, é claro, a lei de saúde estabelecida pelo Senhor, o jejum mensal para ajudar os pobres e o dízimo.”
O homem disse: “Agora estou confuso. Por que alguém desejaria filiar-se a uma Igreja assim?”
O casal sorriu e disse: “Estávamos justamente esperando você perguntar isso”.
Extrato do discurso de Presidente Uchtdorf, conferência de Outubro 2013 - Venham, Juntem-se a Nós
Coloquei esse texto como introdução a uma questão que hoje se fala muito - Será que é a religião que se deve adaptar às pessoas ou são as pessoas que se devem adaptar às doutrinas da religião?
Gandhi, uma das minhas inspirações, disse:
"Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo."
Religião, ou melhor, a Fé, implica ação, sacrifício e, sobretudo, implica mudança. O que acontece no mundo é o facto de as pessoas escolherem a crença que melhor se adapta ao seu estilo de vida. Por exemplo, uma doutrina que não condene fumar será muito bem aceite por pessoas que sejam fumadoras; uma doutrina que não condene a não consagração do dia do Senhor (Domingo) será bem aceite por todos os que gostam de usar o domingo para fazer de tudo menos lembrar de Deus.
Hoje em dia existem religiões para todos os gostos e muitas delas são baseadas no mesmo livro - Bíblia Sagrada. É interessante ver que da mesma Palavra foi possível criar crenças tão distintas e até opostas nas suas doutrinas. Quem está certo? Quem está errado? Como disse o Senhor: Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! (Mateus 7:20).
O mundo condena toda a crença que não seja - permissiva - em relação às coisas modernas. Uma coisa que o mundo se esquece é que quem dita as regras não é o homem mas sim aquele que as criou - Deus. A doutrina não se torna supérflua apenas porque ela se torna inconveniente para os desejos do homem. Por exemplo, a Lei de Saúde do Senhor sempre existiu mas como fumar, beber álcool, usar drogas, sedentarismo, etc.. se tornaram coisas tão banais então, essa lei, é vista como algo acessório e não como essencial. A lei da Castidade também sempre existiu mas como o mundo começou a ensinar que é preciso experimentar antes de fazer compromisso (como se de carros se estivesse a falar), começou a ensinar que casamento é algo acessório e também ensina que façam o que quiserem porque o que interessa é que sejam felizes ou que "all you need is love" , então a lei da castidade passou a ser algo chamado de antiquado.
Como há doutrinas inconvenientes então, as pessoas, começaram a procurar por crenças que as aceitassem como elas são - ou seja - que não as obrigassem a mudar os seus comportamentos.
Toda a Lei de Deus é para o nosso bem; somos nós quem mais ganha quando cumpre os mandamentos, quando sacrifica o seu tempo para servir e ajudar.
Vivemos numa época onde as coisas de Deus são ridicularizadas ou adaptadas à vontade do homem.
Se observarem com atenção irão reparar que todos procuram por algo para encher um vazio que têm no coração mas não conseguem encontrar.. procuram na ciência, procuram nos prazeres, procuram nas substâncias licitas e nas drogas, procuram no dinheiro.. mas falta sempre algo.. o seu semblante está sempre triste, ou escondido por uma máscara. No entanto, quando a oportunidade de mudança chega, as pessoas se recusam a aceitá-la. Essa recusa acontece porque aceitar algo assim irá fazer com que os seus alicerces frágeis se quebrem e a obriguem a mudar - a limar as arestas.
A mudança implica sair do conforto, implica sacrificar os prazeres do momento, implica deixar de pensar em si mesmo e pensar nos outros, implica perdoar a todos, implica servir a todos, implica cumprir mandamentos (que são para nosso bem), implica que vão ter de deixar de ser do mundo e vão passar a apenas estar no mundo. Essa mudança pode levar uma vida mas o resultado pode ser observado durante todo o processo - uma felicidade e esperança que não podem ser encontradas nas coisas do mundo. Convido a ler este texto - A Verdade Liberta-nos
O espaço que antes estava vazio está agora preenchido com algo que o mundo tenta compreender mas não consegue, algo que os poetas tentaram descrever sem nunca alcançarem a sua plenitude, pois as palavras não chegam, a musica não tem notas suficientes e o mundo não tem a vontade para mudar para abraçar a razão de todos os mandamentos, de toda a doutrina e de todas as ordenanças - O Amor.
Concordo inteiramente. As pessoas procuram uma religiao que se adapte as suas necessidades. Por isso mesmo existem uma infinidade delas. Muitos acreditam na Biblia mas, tambem sao muitos os que a interpretam como lhes da jeito.
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